21/01/2018

GASTO PUBLICO - ANTES DA FARRA, PRIORIDADES


Da Redação

A maré não ta pra peixe. Assim é o ditado popular ao se referir a uma situação adversa de momento. Assim também, são numeros da Gestão Publica.

E quando se fala em gastos publicos, esses são mais complicados, e cada vez mais devem ser observados com critérios e olhos clinicos com operações cirurgicas na sua aplicação. Nos últimos 20 anos a situação se aperta, e infelizmente muitos gestores não querem acompanhar essa evolução, bem como a maxima - Gasto apenas aquilo que tenho. Pois bem, nesse contexto cabe o patrocinio publico de festas, eventos e demais situações. 

Cidades de 22 a 25 mil habitantes, como exemplo, Itajuipe, Coaraci, Uruçuca, Buerarema ceifaram a muito tempo os famosos Micaretas e limitaram-se a reduzir esses gastos. Evidente que esse assunto tem opiniões conflitantes, há os que defendem e há os que não defendem. De qualquer maneira, os numeros falam por sí, e eles tendem a ser crueis com quem cede a apelos meramente eleitoral ou para  prestigiar esse ou aquele grupo, porque num deslize a coletividade é quem vai pagar a conta. 

Um fato bem simples ocorre aqui em Itajuípe. Uma das festas mais tradicionais da região, Festa de São Sebastião com os seus mais de 70 anos, não é realizada desde ano de 2014. Sendo ela tão importante, vejo que chegou a hora de praticar o empreendedorismo, isso mesmo, trabalhar a festa com antecedência, com um bom projeto buscar parceiros na iniciativa privada, seria utopia ?  vejo que não, tenham como exemplo a Campanha Natalina, com projeto, metas, organização e trabalho fez a coisa acontecer.

Da mesma forma podemos observar a tão sonhada Seleção de Itajuípe no Intermunicipal, considerando que é um patrocinio feito com dinheiro publico, e analisando o cenario atual, devemos nos fazer algumas perguntas - A farmacia basica esta devidamente abastecida ? as escolas estão todas reformadas ? o serviço de assistencia social esta a contento ? as estradas vicinais estão em boas condições ? o CEO - serviço odontologico esta funcionando bem ? há debitos com funcionarios ou fornecedores ? então, se qualquer um desses itens estiver pendentes não justifica um investimento nesse momento em seleção, sobretudo quando existe a possibilidade de queda de arrecadação para 2018. Em media, comparando o investimento oficial em convenio Liga/Prefeitura em 2014, o valor estimado para esse ano  beira a casa dos 50 mil mensais, recurso que em tempos de dinheiro curto bem aplicado atende a muitas necessidades prioritárias. 

Evidente, que trata-se aqui de uma opinião, que pode ou nao ter divergencias, entretanto baseados em fatos normais e singulares de uma Administração Publica, contudo, uma questão fica para pensarmos. O que queremos para a nossas cidades, um Prefeito ou um Gestor Publico ? particularmente prefiro a segunda opção.