15.1.11

Andrea Mendonça fala de projetos e politica em entrevista

Essa entrevista a seguir foi publicada no site diretodafonte.com.br e reproduzida por esse blog, confira alguns trechos:



Direto da Fonte – Em entrevista a um site, a senhora disse que pode deixar o DEM e migrar para o PDT.  Quando isso vai acontecer?
 
Andrea Mendonça – Não devo sair antes de negociar com o Democratas. Tenho vontade de me candidatar a prefeita e eu não sei quais os planos do DEM para a prefeitura de Salvador. Só vamos saber dos rumos depois do segundo turno. Se não aceitarem meu nome para disputar na convenção, eu vou ter que tomar outro rumo, mas isso só mais adiante.
 
DF – Se a senhora sair do DEM, o PDT é o caminho certo?
 
AM - Quem me ligou e fez o convite oficial foi o presidente do PDT, Alexandre Brust. Meu irmão foi o deputado federal mais bem votado do partido e a proposta da educação do PDT me atrai bastante.
 
DF – Como vai ser esse processo?
 
AM - Tem que ser negociado dentro do meu atual partido, se eles requererem o mandato, como fizeram com Paulo Magalhães, vou recorrer ao TSE. No caso de Paulo, ele ganhou.
 
DF - A senhora vem demonstrando insatisfação com o seu partido. Por que isso?
 
AM - Eu não era a aposta principal do DEM na eleição municipal em 2008. Apostavam em Cláudio Tinoco, que ficou na suplência. Não estou gostando da gestão municipal, que está aquém do que devia ser, e o DEM faz parte da administração com Cláudio Tinoco, na Saltur, Marcelo Tourinho e Léo Prates na Casa Civil. E eu não estou satisfeita com a postura do prefeito João Henrique.
 
DF – Quais as principais críticas que senhora faz à administração municipal?
 
AM - A coleta do lixo, a máfia do Seteps, que acaba impedindo a implantação do VLT (metrô leve) que tem energia limpa renovável, sem a necessidade de grandes desapropriações. Qualquer pessoa deixaria o carro em casa e usaria o VLT, ao passo que ninguém vai fazer isso para usar um BRT; a exploração do mercado imobiliário com o PDDU...
DF – Por um tempo o ex-vereador e jornalista Emerson José travou uma briga com a senhora e sua família por meio da coluna que ele tem no Correio. Foi por isso que a senhora pediu para que o anexo da Câmara, que leva o nome dele, seja modificado?
 
AM - Nós solicitamos ao Ministério Público que todos os prédios públicos que tiverem nome de pessoa viva depois da Constituição de 1988, sejam substituídos. No caso do anexo da Câmara, a bancada feminina apresentou projeto para que tivesse o nome de Yolanda Pires, que foi a mais bem votada e a pioneira no trabalho de vereadora. O anexo foi o primeiro prédio a ser notificado. Na verdade, gostaria que as pessoas denunciassem outros equipamentos públicos que tenham nome de pessoas vivas. Quanto a Emerson, eu nunca o vi pessoalmente. Quando ele estava aqui como vereador, eu não estava. O que aconteceu foi que ele começou a postar na coluna que ele tem jornal criticas a projetos meus e depois partiu para ataques pessoais contra a minha honra. Eu não tive outra saída e o denuncie criminalmente. Ele não pode falar absolutamente nada sobre mim. Está proibido pela Justiça. Nas duas audiências ele nem compareceu. 
 
DF - Qual foi a difamação?
 
AM – Foi contra a minha honra. Postou coisas sobre a minha vida pessoal. Criticar meus projetos ou minha atuação na Câmara, tudo bem, é um direito que ele e qualquer pessoa tem, mas nada sobre a minha vida pessoal. Depois de mim, ele passou a atacar meu irmão, Félix Junior. Disse, inclusive, que meu irmão seria eleito e três meses depois a justiça não ia dar posse. Ele só pode ter o poder da premonição.
 
DF – Mas por que isso, vereadora?
 
AM – Acho que é descontentamento de ACM Júnior e de ACM Neto com a saída de meu pai, o deputado Félix Mendonça, do grupo, e com a eleição do meu irmão. Se expurgar os votos de Salvador, Félix Junior e ACM Neto têm quase o mesmo número de votos.
 
DF – Por que vocês se afastaram do carlismo e se aproximaram do governador Jaques Wagner? Não sabem viver longe do poder?
 
AM - Nós éramos carlistas, tanto que meu pai fez questão que eu saísse candidata em 2008 pelo DEM. Sempre houve briga interna entre Paulo Souto e ACM. Nós carlistas achamos que Paulo Souto não foi fidedigno com ACM. O nosso afastamento vem daí. A briga de soutistas e carlistas vem daí também...cada um querendo segurar seus feudos. A nossa aproximação com o governador Jaques Wagner veio também por conta da ida de meu primo Otto Alencar para o grupo.  Otto foi construindo o apoio de prefeitos a Wagner, mas me mantive neutra no processo. Fui eleita pelo DEM e tenho que honrar os votos que me foram confiados.
 
DF - Quando acabou a eleição, Paulo Souto aventou a possibilidade de abandonar a vida pública ou a disputa eleitoral. Que liderança ou quais lideranças a senhora vê dentro do DEM?
 
AM – Acho Zé Ronaldo competentíssimo e teve uma votação extraordinária pelo pouco tempo em que ele se colocou como candidato ao Senado.
 
DF – E Aleluia?
 
AM – Não. Aleluia esteve muito rancoroso nessa eleição e ficou aquém do destaque que vinha tendo ao longo dos anos. Mas acho que o DEM vai tomar um rumo logo após o segundo turno. A Iurd vai querer os seus candidatos no partido da igreja (PRB).  Será que Tia Eron vai continuar no DEM? São questões que precisam ser resolvidas.