O advogado Ércio Quaresma foi afastado da defesa do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza no caso de desaparecimento da ex-amante do atleta Eliza Samúdio, mas deu um jeito de voltar à ação. Nesta sexta-feira (12), ele voltou a atuar no caso, mas seu cliente será o suposto assassino de Eliza, o ex-policial civil Marcos Antônio Aparecido, conhecido como Bola. Envolvido com drogas e flagrado fumando crack em um vídeo, Quaresma contou ter ficado três meses afastado do trabalho até se recuperar do vício. Ele afirma que fará uma defesa sóbria e moderada de Bola e diz que pretende pedir a liberdade do seu cliente no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Estamos discutindo a questão de recurso, questionando a materialidade. Não há cadáver. Há uma suposta materialidade indireta. Quando for publicado o acórdão da decisão que liberou o Sérgio (Rosa Sales, primo do ex-goleiro solto na quinta-feira), vamos buscar no STJ o mesmo caminho”, afirmou ao iG. Quaresma ainda adiantou que pretende arrolar como testemunha de defesa no julgamento de Bola (no caso Eliza) o médico legista George Sanguinetti, que coletou material na casa do ex-policial em Vespesiano, na Grande Belo Horizonte. Sanguinetti não encontrou qualquer vestígio de Eliza no local. Também como testemunhas no caso, o advogado pretende arrolar delegados responsáveis pelo inquérito, entre eles Edson Moreira, que presidiu o processo.