O dissídio coletivo dos empregados dos Correios será julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quinta-feira (27). A corte trabalhista poderá determinar o retorno ao trabalho. O julgamento será feito em reunião extraordinária da Seção de Dissídios Coletivos do TST. Em duas audiências anteriores, a empresa e os trabalhadores não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria. A categoria pede reajuste de 43,7%, que foi rejeitado pela empresa. Na primeira audiência do TSTS, foi proposto reajuste de 5,2% nos salários e benefícios, mais aumento linear de R$ 80. Os Correios aceitaram esse percentual, mas alegaram que não há condições de arcar com os R$ 80. De acordo com os Correios, até esta quarta-feira (26), 9,7% dos 120 mil funcionários da empresa estavam em greve. A porcentagem representa 11,7 mil funcionários parados. Já a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) estima que o percentual de adesão esteja entre 40% e 50%. A categoria esteve em greve por 28 dias no ano passado. Na época, o TST também julgou o dissídio coletivo e determino a volta ao trabalho, desconto no salário dos grevistas equivalente a sete dias de paralisação e a compensação dos demais dias parados com trabalho extra nos fins de semana. A empresa foi condenada pelos ministros a reajustar o salário e os benefícios em 6,87%, além de aumento real de R$ 80.
