Do Bahia Noticias
A Justiça do Maranhão condenou o mecânico de bicicletas Francisco das
Chagas Brito a 108 anos e seis meses de prisão pela morte de três
crianças. O mecânico já é considerado o maior assassino em série da
história do Brasil, pela morte de 42 crianças. Este foi o 11º julgamento
em que Francisco Brito esteve sentado no banco dos réus. As penas até
então proferidas, somadas, totalizam 385 anos e seis meses de prisão.
Nesta quarta-feira (25), ele foi condenado pela morte de Raimundo Nonato
da Conceição Filho, 11 anos; Eduardo Rocha da Silva, 10 anos; e Edivam
Pinto Lobato, 12 anos.
Os dois primeiros foram assassinados em um
matagal na Vila Nova Jerusalém e o terceiro teve o corpo encontrado em
uma construção na Vila São José, região conhecida como Maioba, em São
Luiz, no Maranhão. O Tribunal do Júri acatou a tese do Ministério
Público de que o mecânico cometia homicídio qualificado: motivo torpe,
emprego de meio cruel e não possibilidade de defesa das vítimas. O réu
ainda foi condenado por crime vilipêndio (desrespeito) a cadáver, com
pena de seis anos e nove meses na soma dos casos. Segundo a acusação,
Francisco atraía as crianças para áreas de matagal com falsa promessa de
recompensas, e praticava os delitos, que aconteceram entre 1991 e 2002.
O Ministério Público acusa o mecânico de ser autor da morte de 42
meninos, sendo 30 do Maranhão, e 12 no Pará. Todas as vítimas tinham até
15 anos de idade e eram de famílias pobres. Francisco Brito responde
ainda a 25 processos que tramitam em diversas varas criminais do
Maranhão.
O mecânico está preso desde 2004 no Complexo Penitenciário de
Pedrinhas. A última condenação aconteceu na 1ª Vara de São José de
Ribamar, em 2012, quando foi considerado culpado pelo assassinato, por
afogamento em um brejo, de uma criança, de nove anos, que teria sido
convidada para apanhar buriti, uma planta nativa da região.