Da Redação
A cada ano que se passa as Festas Juninas parecem ir perdendo as suas tradições, principalmente no que diz respeito a musicalidade em eventos.
Nesse cenário, a magia e aquilo que foi construido pelos nordestinos ao longo de decadas vai perdendo a força diante do famigerado mundo da midia, que coloca garganta a dentro atrações que não tem o minimo de afinidade com o apelo que é a verdadeira festa junina realizada nas cidades do nordeste.
Evidente que numa festa realizada pela iniciativa privada, o criador do evento tem o livre arbitrio de contratar quem bem entender, muito embora não sendo uma atração que corresponda com o nome do evento cria uma discordância. Esse ano de 2014, observando alguns eventos realizados em varias cidades da Bahia, o que se viu foi uma miscelânea de ritmos, que foi do arrocha a pagode, ora ritmos que já são consumidos nos 365 dias do ano.
Entretanto nos chama a atenção que Prefeituras contribuem para esse enfraquecimento da real e pura festa de São João quando abre espaço para contratações de artistas e bandas que executam outros ritmos, parecendo que não consultam o seus Secretários de Cultura; e se consultam, deveriam ter mais discernimento sobre o assunto. Visualmente chega a ser uma incoerência, que é ver uma ornamentação junina numa cidade e no palco ouvir Pagode ou outro ritmo que não seja o forró.
Vamos torcer que o forró e as tradições das Festas Juninas consigam sobreviver diante desse ataque de empresários e a falta de sensibilidade dos contratantes e realizadores de eventos e dê a sanfona, zabumba e triangulo os dois ou quatro dias de fama para que a tradição junina das cidades tenham sobrevivencia para as gerações futuras
