Auxiliar do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha,
afirmou à Polícia Federal, em depoimento de delação premiada, que o
então ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), atual secretário
municipal em São Paulo, ficaria com parte do Labogen, laboratório usado
pelo doleiro para lavagem de dinheiro.
Segundo informações do jornal
Folha de S. Paulo, o Labogen negociou uma parceria para produção de
medicamento com o Ministério da Saúde, na época da gestão Padilha. O
projeto, porém, foi interrompido antes de ser iniciado, quando foi
descoberta a relação do doleiro com o laboratório, que era intermediada
pelo ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR).
“A Labogen seria em quatro
partes; que uma das partes era de Leonardo Meirelles; que a segunda
parte era de Alberto Youssef, baseado no débito de que Leonardo
Meirelles tinha com ele; que a terceira parte era do então ministro da
Saúde Alexandre Padilha e de André Vargas; que a quarta parte era do
fundo de investimentos administrado por Pedro Paulo Leoni Ramos”, afirma
citação em um dos relatórios.