O piloto brasileiro Helio Castroneves, que corre pela Penske na IndyCar (Fórmula Indy), começa a ser julgado nesta segunda-feira em um tribunal do Estado americano da Flórida. Acusado de sonegação de impostos e evasão de divisas, o campeão das 500 Milhas de Indianápolis de 2001 e 2002 poderá pegar até 35 anos de prisão, assim como sua irmã Katiucia e o advogado Alan Miller.
Sua defesa alega que ele acreditou nos conselhos dados por Miller e não tinha conhecimento de que ações do advogado seriam ilegais. O julgamento deve durar, no mínimo, 20 dias úteis.
A receita americana investigou Castroneves de 1999 a 2004. Segundo a acusação, ele assinou contrato de patrocínio com uma empresa brasileira no valor de US$ 6 milhões por três anos (cerca de R$ 13,5 milhões atuais). Castroneves teria devolvido à empresa US$ 5,4 mi (perto de R$ 12,3 mi), ficando com US$ 600 mil (R$ 1,3 mi). Porém, o piloto declarou só US$ 50 mil (R$ 114 mil).
Algo semelhante teria acontecido com o salário do piloto na Penske. Ele teria acertado um contrato de US$ 6 milhões (R$ 13,5 milhões) por três anos (2000 a 2002), divididos em US$ 1 mi (R$ 2,2 mi) ao piloto e US$ 5 mi (R$ 11,4 mi) em licenciamentos de produtos, a serem pagos para uma empresa no Panamá, em troca do uso do nome dele em produtos.
Castroneves, sua irmã Katiucia e o advogado Alan Miller teriam exigido que a Penske depositasse o valor para um companhia na Holanda e não mais para a Seven, o que configuraria a irregularidade.
Recentemente, Castroneves foi dispensado da pré-temporada da equipe Penske para que pudesse se dedicar à defesa.