18/07/2015

Anúncio de rompimento de Cunha cria tensão na oposição e no PMDB



O anúncio de rompimento com o governo feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), nesta sexta-feira (17), causou grande impacto na oposição e dentro do PMDB, que divulgou nota classificando a decisão do parlamentar como ‘pessoal’. 

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, líderes oposicionistas consideraram “muito grave” o posicionamento de Cunha, principalmente se surgirem novas denúncias contra eles. Nesta quinta, o empresário Júlio Camargo, da Toyo Setal, afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro que o deputado pediu US$ 5 milhões em propinas. 

Ainda segundo Folha, a oposição teme que a decisão crie uma crise institucional, agravando a crise política e econômica do país. Apenas o Solidariedade declarou apoio publicamente à Cunha. “Vislumbro um quadro muito difícil nesse segundo semestre. Há uma instabilidade institucional agravada. 

Ele declarou guerra ao governo”, disse Mendonça Filho (DEM). Ainda de acordo com Folha, o senador Agripino Maia (RN), presidente do DEM, afirmou que a posição de Cunha abre portas para um possível pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Se o processo via Cunha na presidência um impeditivo, agora temos uma porta aberta se surgirem elementos jurídicos”, apontou.