Do Toda Bahia
Depois de passar quase três meses na prisão, o senador e ex-líder do
governo Delcídio do Amaral (PT-MS) volta ao Senado nesta semana, estuda
tirar uma licença de até 120 dias e já avisou a aliados que não admitirá
ter o mandato cassado, um de seus maiores temores.
“Se me cassarem, levo metade do Senado comigo”, afirmou a
interlocutores quando ainda estava preso. A frase foi entendida como uma
ameaça de que está decidido a entregar seus pares caso lhe tirem a
cadeira de parlamentar.
Ao retornar ao Senado, Delcídio fará corpo a corpo com os demais
colegas, argumentando que é inocente e pedindo amparo. Deve bater às
portas de integrantes de partidos aliados e da oposição, com quem sempre
manteve diálogo. Poucos, no entanto, devem ser os que darão apoio
público ao petista.
Uma das maiores preocupações do senador é ter o mandato cassado
porque, com isso, ele perderia o chamado foro privilegiado e seu caso
iria para a primeira instância. Lá seria analisado pelo juiz Sérgio
Moro, do Paraná, que tem sido célere em suas decisões envolvendo réus da
Operação Lava Jato.